Primeiro-ministro português está em Paris, onde defendeu um "governo económico da Europa" e afirmou que a resposta à crise mundial provou a importância do "bom e velho estado".
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"A resposta à crise esteve à altura das circunstâncias", considerou o primeiro-ministro português na abertura do simpósio "Novo Mundo, Novo Capitalismo", realizado na Escola Militar em Paris, durante dois dias.
José Sócrates e o chefe de Estado francês, Nicolas Sarkozy presidiram à segunda edição deste simpósio, organizado pelo ministro da Imigração e da Identidade Nacional francês, Éric Besson.
"A resposta à crise teve em conta as lições da História", afirmou José Sócrates.
"No século XX foram cometidos erros que já não se cometeram no século XXI. Aprendemos alguma coisa", frisou o primeiro-ministro.
"Regressou o bom e o velho estado. O que seria de nós sem o estado?", questionou José Sócrates na sua intervenção de abertura do simpósio.
"O ano de 2009 foi uma grande lição para os que desconfiam do papel e da intervenção do Estado", acrescentou José Sócrates.
José Sócrates afirmou que a eficácia da resposta à crise "dependeu da existência de Europa".
O primeiro-ministro português defendeu, porém, que a integração de políticas económicas e mecanismos de coordenação em vários sectores tem que ser aprofundada.
"A melhor resposta é mais Europa e não menos Europa", afirmou José Sócrates.
"É com profunda tristeza e desolação que vejo que em todos os fóruns internacionais, a Europa está sempre representada por várias vozes e tem variadas posições", confessou José Sócrates.
"É preciso reagir à ideia de que tudo vai bem e de que agora podemos voltar às 'boas práticas' do passado", alertou, considerando que a crise "ainda não acabou".
O primeiro-ministro português tem hoje, quinta-feira, encontros com o seu homólogo francês, François Fillon, e, de novo, com o Presidente Sarkozy, no Eliseu.