Líder parlamentar do PSD diz que "fugiu a boca para a verdade" a António Costa
O líder parlamentar do PSD afirmou que "fugiu a boca para a verdade" ao líder socialista ao "reconhecer que o país está bem diferente em relação a 2011", com "uma perspetiva de crescimento e de futuro".
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Em declarações aos jornalistas no parlamento, quarta-feira, Luís Montenegro acusou António Costa de andar "um pouco ziguezagueante, senão mesmo confuso, nos últimos dias" e de ter protagonizado "o cúmulo da submissão política" a Bruxelas ao advertir para a importância das negociações a nível europeu.
"Fico até muito surpreendido porque tenho ouvido muitas vozes do PS a dizerem que este Governo, esta maioria, este PSD, são muito submissos àquilo que vem de alguns governos europeus, ora, pelos vistos o doutor António Costa dá aqui um exemplo que é o cúmulo da submissão política, que é dizer eu não tenho ideias para o meu país porque estou à espera de saber o que pensam os meus parceiros na União Europeia", ironizou.
Antes, o presidente do grupo parlamentar do PSD referiu-se a declarações de 19 de fevereiro de António Costa nas comemorações do ano novo chinês, no Casino da Póvoa de Varzim, que estão num vídeo divulgado por vários órgãos de comunicação social e no Facebook do eurodeputado do CDS Nuno Melo.
"Como nós dizemos em Portugal, os amigos são para as ocasiões. E numa ocasião difícil para o país, em que muitos não acreditaram que o país tinha condições para enfrentar e vencer a crise, a verdade é que os chineses, os investidores disseram presente, vieram e deram um grande contributo para que Portugal pudesse estar hoje na situação em que está, bastante diferente daquela que estava há quatro anos", afirma António Costa neste vídeo.
Luís Montenegro considerou que "a análise do doutor António Costa corresponde, ao contrário de todas as demais que tem feito, ao que sucedeu nos últimos anos".
"Objetivamente o que aconteceu ao doutor António Costa é que a boca lhe fugiu para a verdade, por uma vez, ao contrário aquilo que fez o PS ao longo dos últimos quatro anos, reconheceu que havia muito pessimismo em muitos setores da sociedade portuguesa relativamente a podermos enfrentar e vencer a crise, mas felizmente não foi isso que sucedeu, não foi o pessimismo que venceu", afirmou Montenegro.