
Paulo Jorge Magalhães/Global Imagens
A nova presidente do PS, Maria de Belém, prometeu, este sábado, usar no exercício do cargo a sua "magistratura moral" para promover a "unidade e coesão do partido".
"É chegada a hora de colocar todo o meu percurso de vida e o que eu sou em função da minha circunstância, a minha magistratura moral, como lhe chamam os estatutos do PS, na defesa da unidade e coesão do partido e no respeito pelos princípios e valores da sua declaração de princípios e do seu programa, tentando não desmerecer daqueles a quem sucedo", disse, numa intervenção que abriu o segundo dia de trabalhos do XVIII Congresso Nacional do PS, a decorrer em Braga.
Maria de Belém salientou contudo que, apesar de lhe caber parcialmente enquanto presidente, a tarefa da "unidade e coesão" dos socialistas "deve ser entendida como uma responsabilidade partilhada".
"Não se impõe, constrói-se. E as construções humanas são tanto mais duráveis quanto mais percorridas pela boa vontade, boa fé e pelo empenho colectivo verdadeiro", observou.
Evocando Almeida Santos e os que lhe antecederam no cargo, a antiga ministra da Saúde admitiu a "enorme responsabilidade" que lhe é confiada alicerçada numa "expressiva votação".
"Valeu a pena agir sempre de acordo com a minha consciência, discordar quando tive que discordar, opinar quando tive que o fazer ou quando entendi dever fazê-lo e trabalhar no sentido de contribuir para o encontro de soluções comuns quando o interesse partidário o aconselhava ou quando o interesse nacional o exigir", observou.
Maria de Belém lembrou ainda a "encruzilhada" com que o país e o mundo estão confrontados, que impõem "realizações justas".
"Se hoje eu perguntar ao vento que passa notícias do meu país e do meu país e do meu mundo, a resposta será inquietante. A incerteza, a insegurança e a desconfiança são as marcas que o caracterizam", referiu.
