
O cabeça de lista do MPT - Partido da Terra - ao Parlamento Europeu fez, esta quarta-feira, a promessa de "não mudar", além de outra decisão "não eleitoral", que foi a de encomendar um cinto no mercado de Oeiras.
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"A única promessa que faço é que não deixarei de ser quem sou, eu não vou mudar", afirmou Marinho e Pinto, em resposta a um sapateiro a quem deixou uma encomenda.
"Venho cá encomendar um cinto de couro com uma fivela reversível", prometeu o candidato, que, na segunda-feira [um dia depois das eleições europeias], será "o que os portugueses decidirem no domingo".
Entre as bancas de venda do mercado de Oeiras, o candidato concordou com uma mulher que comentava "só se lembram do povo agora".
"Eu estou aqui pela primeira vez. Mas é verdade só se lembram do povo quando precisam do voto ou de ir ao bolso", respondeu Marinho e Pinto, que foi ainda abordado sobre uma questão jurídica de propriedade de um automóvel e pagamento do imposto de circulação.
"Eu tinha de ver os documentos. O melhor é procurar um advogado de confiança. Eu agora estou noutras funções", notou o antigo bastonário da Ordem dos Advogados.
Durante esta visita, um vendedor de legumes admitiu não ter consideração pelos políticos, mas o mesmo não se passa com Marinho e Pinto. "Você descasca o pessegueiro e é sempre..." uma frase que este comerciante terminou com o gesto da mão a cortar o ar a direito.
Em declarações à agência Lusa, número um da lista do MPT às europeias admitiu que o balanço da campanha é "positivo e negativo", explicando que a pior parte foi a comunicação social "não tratar todos os candidatos por igual".
Pela positiva, o candidato destacou a receção que teve: "Recebem-me com elogios e com palavras de apoio e mais do que isso, com palavras de incentivo e de entusiasmo", disse Marinho e Pinto, referindo que no domingo as "pessoas escolherão aqueles que entenderão estar em melhores condições para desempenhar as funções a que se candidatam".
