A ministra da Justiça disse esta terça-feira, no parlamento, não ter nada de "pessoal" contra o bastonário da Ordem dos Advogados e garantiu que manterá sempre "uma relação institucional" e de "lealdade" com Marinho Pinto.
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Confrontada por Luís Ameixa, deputado do PS, que disse ter ficado "chocado" com a atitude de Paula Teixeira da Cruz, no passado fim-de-semana, durante o congresso dos advogados, a ministra explicou: "Estive quatro meses calada a ouvir insinuações que nada têm de verdadeiro. Entendi que devia dizer ao bastonário, num congresso, na sua casa, quais as medidas que o Governo está a tomar, pedir-lhe colaboração e dizer-lhe que o caminho a tomar nunca poderá ser o da calúnia".
Paula Teixeira da Cruz adiantou que abandonou o Congresso, na Figueira da Foz, porque tinha de regressar a Lisboa para votar o Orçamento de Estado.
Todas as instituiçõoes podem divergir e isso é saudável e até me ajuda a decidir", garantiu, reafirmando que foi "ao sítio certo pedir que a calúnia não fizesse caminho".
A ministra considera não ter ocorrido "qualquer incidente" durante o Congresso da Figueira da Foz e que a ordem dos Advogados continuará a ser "um parceiro" tal como o são as associação de magistrados, oficiais de Justiça, solicitadores ou Polícia Judicária".