País está cada vez pior, portugueses precisam de força e coragem, diz Francisco Louçã
O líder do Bloco de Esquerda criticou os aumentos anunciados do gás e da eletricidade, considerando que são uma prova de que o país está cada vez pior, e desafiou os portugueses a terem mais força e coragem.
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"Soube-se que os portugueses vão pagar mais 7% do gás e que haverá um novo aumento da eletricidade. Percebemos que o país está cada vez pior. Ninguém imaginou que haveria tanto desemprego, precariedade, empobrecimento, violência no aumento dos imposto e desigualdades. Mas tudo isto para que a dívida continue a aumentar", disse Louçã, à margem da manifestação da CGTP que decorreu esta tarde em Lisboa.
O líder bloquista defendeu que a manifestação traduz a voz dos trabalhadores, e explicou como é que os portugueses devem fazer frente ao cenário atual do país.
"É preciso muito mais coragem, força, energia, coerência e convicção para fazermos frente à pirataria financeira que está a destruir a Europa e Portugal. E essa coragem demonstra-se com estas pessoas que, na rua, nos sindicatos, nas empresas, nas escolas, na defesa do Serviço Nacional de Saúde, mostram o valor da democracia e da responsabilidade", sustentou.
Francisco Louçã considera o Governo "agressivo, cínico e violento contra o trabalhador", que não é solução para tirar o país da crise.
"Não podemos esperar por nenhuma solução ou apoio de quem nos governa. Precisamos de construir uma alternativa e ela resulta da democracia, da força das pessoas, dos trabalhadores, dos desempregados, dos jovens precários e dos homens e mulheres que sabem que este país tem enormes dificuldade e que é preciso mais coragem", defendeu o líder do BE.
Louçã falou também acerca das eleições que vão decorrer no domingo na Grécia.
"Se os gregos escolherem um governo de esquerda contra a 'troika', damos um extraordinário sinal à Europa e isso é preciso. A Espanha está a cair, Portugal está sob resgaste, e a ameaça à economia da vida das pessoas é o que exige mais coragem, mais determinação e mais esquerda", concluiu.