Passos Coelho diz que a "única maneira" de sair da crise passa por "gastar menos"
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, disse este domingo que a "única maneira" de sair da crise de "cara levantada" passa por "gastar menos", dando como exemplo os cortes efectuados na Saúde e Educação.
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"Quando se gasta mais do que se tem, tem que se passar a gastar menos e gastar menos é um aborrecimento, gastar menos é a única maneira de sair desta crise de cara levantada", afirmou.
"Muitos durante muito tempo pediram ao Governo que apresentasse os cortes na despesa, agora que apresentamos os cortes 'aqui d"el Rei' que eles fazem falta, que não se pode tirar daqui, que não pode tirar dali, que não se pode tirar de acolá", criticou.
O primeiro-ministro falava esta manhã em Campo Maior, durante a sessão de encerramento das Festas do Povo.
Para justificar as medidas tomadas pelo Governo, Pedro Passos Coelho apontou em duas áreas da governação, nomeadamente a Saúde e Educação.
"As pessoas sabem que a Saúde ficaria muito pior se Portugal se mantivesse num ritmo de endividamento. Porque chegaria uma altura em que os hospitais não teriam mesmo dinheiro para fazer aquilo que é preciso para salvar a vida das pessoas, para cuidar do bem-estar da população", declarou.
"É justamente para que isso não aconteça que nós temos que aprender a gastar menos e melhor, o mesmo na Educação", sublinhou.
Mas, continuou, "o que nós não queremos é que um dia as escolas não tenham condições para poder desenvolver a sua função e era isso que aconteceria se continuássemos a gastar de qualquer maneira, aliás não o podíamos fazer porque tínhamos que o pedir emprestado e já ninguém nos emprestava dinheiro para esse efeito".