O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, considerou, esta quinta-feira, uma "boa notícia" o Instituto Nacional de Estatística ter fixado o défice do Orçamento do Estado, em 2012, nos 6,4%, menos duas décimas que a projeção do Governo.
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"Se o número que foi divulgado pela entidade estatística foi de 6,4%, ficou aquém, o que é uma boa notícia, mas é preciso saber os detalhes dessa operação", afirmou, em Paços de Ferreira, Pedro Passos Coelho.
Pedro Passos Coelho falava aos jornalistas no final da visita que o primeiro-ministro da Suécia realizou à fábrica da Swedwood - IKEA, naquele concelho.
Apesar de o chefe do Governo português se recusar a comentar, em concreto, os dados do INE, por não os ter visto e analisado ainda, recordou que o país, "como ficou comprovado no sétimo exame regular, cumpriu os limites que estavam acordados com os credores relativamente ao défice orçamental".
"Se excluirmos os efeitos cíclicos ligados ao estado da economia que estamos a viver, nós observamos uma redução, nos últimos dois anos, de quase 6% do nosso défice, se não tivermos em conta os juros que pagamos da dívida pública, que é aquilo que mede a execução orçamental de um Governo que quer controlar a despesa", salientou.
Para Pedro Passos Coelho, os resultados alcançados constituem "um dado muito impressionante que não tem comparação com a nossa histórica económica recente".
Para o primeiro-ministro, os dados revelados "resultam do esforço enorme que estamos todos a fazer para conseguir, naquilo que depende de nós, baixar essa despesa de modo a que seja possível, em Portugal, oportunamente, criar um quadro de alívio fiscal que seja amigo do crescimento, da poupança e do retorno do investimento".