O primeiro-ministro elogiou, esta sexta-feira, o desempenho de Durão Barroso à frente da Comissão Europeia, considerando que "reforçou as instituições europeias", e antecipou que a sua sabedoria "será muito útil no futuro próximo" para a União Europeia.
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As palavras de Pedro Passos Coelho foram proferidas durante o congresso do Partido Popular Europeu (PPE), em Dublin, na Irlanda.
O chefe do Governo português aproveitou as palavras finais do seu discurso para, "como português e europeu", agradecer a Barroso, que anunciou, esta sexta-feira, oficialmente que abandona a presidência da Comissão Europeia em outubro, pelo seu papel "nos últimos dez anos" e pelo seu "trabalho num momento de grandes desafios".
"Estou certo que o seu caráter foi essencial para reforçar as instituições europeias e para esta nova era que enfrentamos", afirmou Pedro Passos Coelho.
Depois, o primeiro-ministro e presidente do PSD concluiu, afirmando: "Tenho a certeza que o seu conhecimento será muito útil no futuro próximo para as instituições europeias".
Lideranças de centro-direita salvaram a Europa e o euro
O primeiro-ministro defendeu, em Dublin, que as lideranças políticas de centro-direita "salvaram a Europa e o euro" e que a disciplina orçamental e a responsabilidade são "as sementes da mudança estrutural" da União Europeia.
"Parte da crise já passou e estou convencido que sairemos mais fortes, reforçando a coesão que guia o projeto europeu", afirmou o chefe do Governo português, perante os delegados do congresso do PPE.
Na sua intervenção, Passos Coelho criticou o que disse ser a herança dos governos socialistas no passado e insurgiu-se contra quem promete "castelos no ar" e faz "demagogia fácil".
"O peso da dívida e a falta de competitividade não desaparecem com retórica mas sim com empenho e esforço", referiu, defendendo que as medidas de consolidação foram "essenciais para evitar o pior" e tornar possível "uma nova perspetiva de prosperidade e maior liberdade para as novas gerações".
"Este esforço que fizemos e esta agenda produziu resultados porque tivemos, a nível europeu e nacional, políticos com coragem para adotar reformas que dão sentido aos sacrifícios e um futuro melhor para as novas gerações", declarou.
Perante a ideia de "despesismo", Passos contrapôs com a defesa do "realismo", e advertiu que o crescimento sustentado da economia requer "paciência e persistência".
"É justo sublinhar que a nossa liderança salvou a Europa e o euro", declarou.