PCP diz que "não há encenação própria ou alheia" que disfarce derrota PSD/CDS-PP
O secretário-geral do PCP afirmou, esta sexta-feira, que "não há encenação própria ou alheia" que disfarce a pior derrota eleitoral desde 1975 de PSD e CDS-PP, nas recentes europeias, reiterando a exigência de demissão do Governo.
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"A clamorosa derrota sofrida por PSD e CDS-PP nas eleições para o Parlamento Europeu do passado dia 25 de maio - o pior resultado desde 1975 - representa uma poderosa manifestação de vontade do povo português em interromper este caminho de desastre e não há encenação própria ou alheia que possa disfarçar tal derrota e tal facto", afirmou Jerónimo de Sousa, na apresentação da terceira moção de censura comunista ao executivo de Passos Coelho, no Parlamento.
O líder do PCP destacou que "há muito que o Governo tinha perdido a sua legitimidade política, pela rutura com os seus compromissos eleitorais, particularmente, por uma prática governativa em obstinado e reiterado confronto com a Constituição".
"Seja qual for o desfecho deste debate e da votação e seja qual for a decisão do Presidente da República, esta maioria já só existe aqui. Já não existe no país!", rematou.
O Governo enfrenta a sexta moção de censura da legislatura, mas mais uma vez o documento tem "chumbo" garantido com os votos contra da maioria PSD/CDS-PP.
Intitulada "Travar a política de exploração e empobrecimento - Construir uma política patriótica e de esquerda", a apresentação da moção de censura foi anunciada no domingo, pelo secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, na sequência do resultado das eleições europeias.