O PCP considera "inaceitável do ponto de vista humano" que o Instituto Português de Oncologia do Porto tenha deixado de pagar a recolha e armazenamento de esperma dos doentes que fazem quimioterapia e radioterapia e que correm o risco de ficarem inférteis.
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"Como justifica este Ministério esta decisão? Não entende este Ministério que as medidas e cuidados de saúde que garantam a possibilidade de ter filhos a estes doentes fazem parte das obrigações do Serviço Nacional de Saúde?", perguntam os comunistas num ofício que enviaram ao Ministério da Saúde, exigindo ainda saber que medidas tomará para inverter a "inaceitável decisão".
O PCP lembra que o serviço, disponibilizado por mais de uma década, "é de extrema importância, uma vez que, para muitos doentes oncológicos, era a forma de garantir que poderiam ter filhos".
No ofício, assinado pelo deputado Jorge Machado, é ainda referido que a criopreservação do esperma era decidida pelos próprios médicos quando estes entendiam que existia risco de infertilidade. "Alegando agora uma nova orientação, o IPO do Porto deixa de assegurar este serviço importantíssimo, utilizando como desculpa a ausência de suporte legal", lê-se.
Uma medida que, para o deputado, "assume particular gravidade", não só porque deixou de pagar o serviço aos utentes, como deixou também de suportar os custos do esperma criopreservado.