O procurador-geral da República, Pinto Monteiro, entende que não há "demasiados livros sobre Justiça" em Portugal, mas sim "demasiadas leis".
Corpo do artigo
Na abertura da Feira do Livro de Lisboa, esta tarde, Fernando Pinto Monteiro só queria falar de livros, mas como os livros que lê são, em grande parte, sobre Justiça, o tema acabou por vir à baila, segundo a agência Lusa.
"Toda a gente gosta de deixar o nome numa lei. Toda a gente quer fazer reformas. Depois, quando começa uma reforma, antes de acabar, já está outra, ninguém tem tempo de gerir a reforma anterior, é esse o problema", realçou.
Actualmente a ler "dois livros ligados à profissão", Pinto Monteiro reconheceu não ter tempo para outras leituras. "Se me perguntar se leio muito ou pouco, neste momento leio dez vezes menos do que lia antigamente. Não tenho tempo. Mas leio mais jornais, em compensação", lamentou.
O presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), Paulo Teixeira Pinto, anunciou na abertura da Feira do Livro, na presença do procurador-geral da República, que a entidade pediu para ser constituída assistente em crimes contra a cópia ilegal.