A comunidade portuguesa em Munique pediu em Dezembro a substituição do cônsul honorário Juergen Adolff, hoje, quarta-feira, suspenso de funções pelo Governo por suspeitas de corrupção na venda de submarinos, que acusavam de "aproveitamento pessoal" do cargo.
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Mais de 500 portugueses residentes em Munique subscreveram um abaixo-assinado exigindo a substituição do cônsul honorário de Portugal na capital da Baviera, que acusavam de "aproveitamento pessoal" do cargo que ocupa há 15 anos e de nada fazer em defesa dos interesses portugueses.
Na Baviera vivem actualmente cerca dois mil portugueses, cujo acompanhamento consular, no entanto, é da responsabilidade do Consulado-geral de Estugarda, que fica a cerca de 200 quilómetros de distância.
"O estatuto e a credibilidade inerente ao posto que ocupa, oferecida ao senhor Juergen Adolff por Portugal e pelos portugueses, tem-lhe permitido uma aproveitamento pessoal nas actividades comerciais que exerce, nomeadamente no sector imobiliário", lia-se no abaixo-assinado.
Os subscritores afirmavam ainda que, em contrapartida à confiança nele depositada, é exigido ao cônsul honorário que apoie e proteja os cidadãos portugueses que a ele recorram, mas "infelizmente não é assim".
O abaixo-assinado foi enviado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, à Secretaria de Estado das Comunidades e ao embaixador de Portugal na Alemanha, José Caetano da Costa Pereira.