Presidente da JSD diz que Seguro e a bancada parlamentar do PS deveriam demitir-se
O presidente da JSD disse este sábado que o líder do PS deveria seguir a sua proposta de retirada da confiança política a Alberto João Jardim e demitir-se "por fazer parte de um partido que aumentou a dívida pública portuguesa".
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O secretário-geral do PS, António José Seguro, exigiu ao primeiro-ministro que esclareça se mantém a confiança política em Alberto João Jardim enquanto recandidato a presidente do Governo Regional.
Para o líder da Juventude Social Democrata (JSD), "por esta ordem de ideias metade da bancada parlamentar do partido socialista e o líder do PS deveriam seguir este conselho".
"Fazendo fé da sua proposta, deveriam demitir-se porque são do partido que aumentou a dívida pública portuguesa como nunca aconteceu em Portugal. Cresceu exponencialmente durante a governação Sócrates e nunca ouvimos António José Seguro falar sobre esse assunto", disse Duarte Marques, em declarações à Lusa.
O líder da JSD disse ainda que o presidente do PSD e primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, já foi muito claro na declaração que fez sobre esta matéria.
O primeiro-ministro disse, sexta-feira, que "a confiança política é uma matéria que depende do PSD da Madeira e dos eleitores da Madeira" no caso do "buraco" nas contas da Região.
"Alberto João Jardim é presidente do governo regional da Madeira e é presidente do PSD da Madeira", lembrou Pedro Passos Coelho.
Para o presidente da JSD, o líder socialista António José Seguro "parece estar mais preocupado em ser líder do partido socialista do que em ser primeiro-ministro de Portugal".
O INE e o Banco de Portugal dizem que após diligências, terão chegado informações entre o final de Agosto e esta semana que dão conta de Acordos de Regularização de Dívidas celebrados em 2010, com um valor aproximado de 571 milhões de euros, dos quais não tinham conhecimento, mais 290 milhões de euros de juros de mora "que também não foram comunicados às autoridades estatísticas".
Já para este ano, mais 11 milhões destes acordos respeitantes a dívida contraídas desde 2005 e juros de mora no primeiro semestre de 32 milhões de euros não foram reportados.
A Madeira não terá ainda comunicado encargos, que ainda não foram objecto destes acordos relativos a serviços de saúde de 2008, 2009 e 2010, em montantes de 20, 25 e 54 milhões de euros, respetivamente.