Presidente da República lamentou a decisão de Jorge Miranda de retirar a sua candidatura a Provedor de Justiça. Se isso significar uma desistência, "não é bom para o regime democrático".
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Cavaco Silva afirmou não saber ainda se a decisão de Jorge Miranda visa permitir "a abertura para novas negociações entre as forças políticas, tentando encontrar um consenso que deve ser feito para que seja eleito ainda nesta legislatura um novo provedor ou se é uma desistência".
"Se foi uma desistência não é bom para o nosso sistema democrático. Significa que passaram mais de 12 meses e as forças políticas não foram capazes de se entender para conseguir um acordo para eleger um novo provedor. Só posso lamentar isso", acrescentou o chefe de Estado, à margem de uma visita ao Ave Parque, em Caldas das Taipas (Guimarães).
Disse ainda que a Assembleia da República se reúne até 10 de Julho e que a 23 ainda haverá votações, pelo que prevê que nos próximos dias haja "contactos entre as forças políticas".
O Presidente da República manifestou a sua "esperança de que os partidos possam entender-se e possa ser preenchido um cargo tão importante para os portugueses".
O constitucionalista Jorge Miranda decidiu retirar a sua candidatura ao cargo de Provedor de Justiça, pelo PS, por uma questão de "dignidade pessoal" e porque o PSD insiste em não aceitar o seu nome.