A proposta do PCP para transferir mais 60 milhões de euros para a Segurança Social, no âmbito das alterações ao Orçamento para 2009, foi rejeitada na especialidade pelo PS.
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Ao lado da proposta da bancada comunista estiveram o Bloco de Esquerda e o Partido Ecologista "Os Verdes", enquanto PSD e CDS-P optaram pela abstenção.
Em resultado da redução das taxas de juro aplicadas ao serviço público da dívida, que o Governo estimou em 630 milhões, o PCP pretendeu alocar 60 milhões de euros ao reforço das verbas para a Segurança Social.
Segundo o PCP, o Governo, desses 630 milhões de euros, transferiu cerca de 570 milhões para a Caixa Geral de Aposentações, Serviço Nacional de Saúde, Gripe A e para a dotação provisional, "cortando 60 milhões de euros na despesa".
Num último esforço para conseguir a aprovação desta proposta, o deputado do PCP Honório Novo apelou às bancadas do PSD e do CDS "para serem coerentes com o seu discurso e apoiem na práticas medidas de reforço das políticas sociais".
Honório Novo advertiu ainda o Governo que esses 60 milhões de euros seriam necessários na Segurança Social, "já que a taxa de desemprego em 2009 será bem superior aos 8,6 por cento inicialmente estimados" pelo executivo.
O PS manteve a sua posição e votou contra, beneficiando das abstenções do PSD e CDS.