O líder parlamentar do PS anunciou que a reunião da bancada socialista vai voltar a reunir-se, ainda esta quinta-feira, para "aprofundar a discussão" sobre a moção de censura ao Governo apresentada pelo PCP, que será debatida na sexta-feira.
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Alberto Martins justificou aos jornalistas a marcação de nova reunião pelo facto de o número de deputados socialistas presente no debate interno, esta quinta-feira de manhã, não ser "suficientemente representativo".
Seguindo a linha do secretário-geral do PS, António José Seguro, o presidente do Grupo Parlamentar do PS referiu que a orientação política da bancada socialista é a de votar a favor da moção de censura ao Governo apresentada pelo PCP.
Em entrevista à TSF, na segunda-feira, António José Seguro disse que o PS iria votar a favor da moção de censura ao Governo da bancada comunista, apesar de classificar como "um frete" ao executivo PSD/CDS a iniciativa legislativa do PCP.
"Haverá nova reunião do Grupo Parlamentar do PS ainda hoje sobre o ponto de específico da moção de censura, sendo certo que a posição já difundida publicamente pelo líder do partido é a do voto a favor. Censuramos áspera e violentamente a política deste Governo e este Governo", referiu Alberto Martins.
Perante a insistência dos jornalistas sobre o motivo de nova reunião da bancada socialista, Alberto Martins referiu que, durante a manhã., "o número de pessoas presente não garantia quórum consistente para confirmar a posição de voto contra a posição do Governo e voto a favor da moção de censura".
Alberto Martins tentou depois separar o debate interno entre a direção do partido e os apoiantes da candidatura de António Costa da questão do Grupo Parlamentar do PS.
"O debate interno é o debate interno. A posição relevante é que somos contra o Governo, censuramos o Governo. A moção de censura que é apresentada é uma moção de censura ao Governo. O povo português já censurou o Governo", sustentou.
Confrontado com o facto de a moção de censura do PCP também censurar o PS, o líder da bancada socialista advogou que "a questão de fundo, a questão conclusiva, é a censura ao Governo".
"Os considerandos dizem respeito às leituras políticas dos autores das moções, nós temos uma visão absolutamente distinta disso, mas não temos uma visão distinta quanto à censura ao Governo", salientou o presidente do Grupo Parlamentar do PS.