PS "não recusa" convite de Passos para reunião mas vinca que defende fim da austeridade
O PS afirma que o seu secretário-geral, António José Seguro, "não recusa" o convite do primeiro-ministro para uma reunião na quarta-feira, mas salienta que o partido defende a renegociação do ajustamento e o fim da austeridade.
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Esta posição foi transmitida em comunicado pelo PS, depois de o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, ter hoje convidado, formalmente, por carta, António José Seguro para uma reunião na quarta-feira, tendo em vista, entre outros pontos, um entendimento sobre o processo de consolidação orçamental.
A reunião entre os dois realiza-se às 10:30, na residência oficial em São Bento, segundo a agenda enviada pelo gabinete do chefe de Governo.
Fonte do gabinete do primeiro-ministro disse à Lusa que será "uma reunião de trabalho" e que não estão previstas nem declarações à comunicação social nem captação de imagens do encontro entre Passos Coelho e Seguro.
"O diálogo político e institucional é uma das marcas identitárias do PS à qual permaneceremos fiéis e da qual não nos afastamos. Se o primeiro-ministro convida, formalmente, o PS para uma reunião, o PS não a recusa", refere o comunicado.
No mesmo texto, os socialistas dizem que esta "é a conduta" que tem sido adotada "no relacionamento com o senhor Presidente da República, com o Governo, com os partidos políticos e com os parceiros sociais".
A seguir, os socialistas assinalam que as posições do PS sobre os pontos mencionados na carta do primeiro-ministro "são há muito do conhecimento dos portugueses".
"O PS defende a renegociação das condições de ajustamento, uma trajetória credível de consolidação das contas públicas, o fim da política de austeridade para travar a espiral recessiva e preservar o emprego, a adoção de uma agenda para o crescimento e emprego e a defesa firme dos interesses de Portugal na União Europeia", frisa o comunicado do PS.