O PS voltou a defender, esta quarta-feira, que o corte do subsídio de natal em 2011 não seria necessário para cumprir as metas do défice e que o agravamento do défice da Madeira foi registado de forma a maquilhar as contas.
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O deputado socialista João Galamba acusou em primeiro lugar, durante a audição do secretário de Estado do Orçamento em comissão parlamentar, os partidos do Governo de terem extrapolado resultados da execução orçamental do primeiro semestre (considerando-a desastrosa), que foram melhores que os registados atualmente.
O socialista afirmou então que as contas finais relativas ao défice orçamental de 2011 - calculado pelo INE nos 4,2 por cento do PIB - demonstram que não seriam necessários para cumprir a meta do défice acordada com a 'troika' - de 5,9 por cento do PIB -, uma posição que tem vindo a ser defendida pelo partido ainda antes da sua aplicação.
João Galamba deixou então no ar uma acusação, de que o primeiro registo no défice de 2011 (em contabilidade nacional) do desvio da Madeira, de cerca de 0,3 por cento do PIB, foi feito ainda no primeiro semestre de forma a ser imputado ao então Governo PS liderado por José Sócrates, "para de alguma forma maquilhar as contas e poder responsabilizar as contas de um semestre que não era ainda deste Governo".
O deputado afirma que este registo foi realizado "habilidosamente no dia 30 de junho" mas que após este registo o INE agravou o impacto.
As afirmações relativas ao subsídio de natal de 2011 motivaram então uma troca de palavras com Luis Morais Sarmento, que disse estranhar a insistência do PS com o tema, que diz já ter sido debatido exaustivamente, tendo o microfone para onde falava Luis Morais Sarmento provocado um grande ruido e o deputado socialista aproveitado para dizer que "o equipamento reagiu a tamanha demagogia" e o governante a responder prontamente, afirmando que "o equipamento reagiu foi ao 'feedback', porque tem de se estar sempre a repetir para ver se o PS entende".