O vice-presidente do PSD Jorge Moreira da Silva defendeu, esta quarta-feira, que "o perdão de dívida é o fim de linha" e, ainda que possa ser aplicado à Grécia, "não é uma solução para Portugal".
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Em declarações aos jornalistas, no final de uma reunião com o primeiro-ministro sobre o Conselho Europeu de domingo, na residência oficial de São Bento, em Lisboa, Jorge Moreira da Silva apontou os "custos reputacionais" de um perdão de dívida e considerou que Portugal "tem todas as condições para cumprir" os seus compromissos internacionais.
"Por facilidade, poderíamos ser tentados a dizer: bom, se a Grécia vai ter um perdão de dívida, o ideal é que Portugal também possa ter esse perdão de dívida. Estamos perante uma falácia, porque o perdão de dívida é o fim de linha, algo a que se deve recorrer se todas as medidas tiverem falhado", declarou o dirigente social-democrata.
"Portanto, diríamos, enquanto PSD, que o perdão de dívida grego não é uma solução para Portugal, não é algo que devamos assumir como uma opção para Portugal, pelo contrário, a opção que Portugal deve continuar a prosseguir é a de cumprir as medidas do memorando de entendimento e de, o mais rapidamente possível, poder aceder aos mercados para se continuar a financiar", acrescentou.