<p>Por outro lado, no início das jornadas parlamentares do PSD, em Aveiro, Aguiar-Branco criticou a atitude de Pinto Monteiro, acusando-o de "insensibilidade" aos "ataques de membros do Governo".</p>
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O líder parlamentar do PSD, José Pedro Aguiar-Branco disse hoje esperar que o procurador-geral da República, Pinto Monteiro, tenha tomado a decisão "mais correcta" em relação às escutas e certidões relativas ao primeiro-ministro, José Sócrates.
José Pedro Aguiar-Branco foi questionado pelos jornalistas sobre a decisão do procurador-geral da República de arquivar o "conjunto dos documentos recebidos" relativos às escutas ao primeiro-ministro, José Sócrates, no âmbito do processo "Face Oculta", por considerar que não existiam "elementos probatórios que justifiquem a instauração de procedimento criminal".
"Quanto ao processo em concreto não tenho nenhum comentário especial a fazer", respondeu o líder parlamentar do PSD, acrescentando: "Só espero que a decisão seja a mais correcta".
"É uma competência do senhor procurador-geral e só desejamos que ela seja a mais correcta".
Aguiar-Branco acrescentou, a este propósito, que tinha "dois reparos a fazer" em relação ao comportamento de Pinto Monteiro, sendo "um quanto ao modo como tem agido e comunicado", que considerou que "tem sido pouco exigente e tem contribuído mais para confundir do que para esclarecer".
"Um outro reparo tem a ver com a insensibilidade que o senhor procurador demonstrou perante ataques muito violentos que foram feitos por membros do Governo, nomeadamente o ministro Vieira da Silva, que atacou e culpabilizou o Ministério Público, referindo uma situação de espionagem política", completou.
"Deveria ele ser o primeiro a defender o Ministério Público", defendeu Aguiar-Branco.