Se o PSD formar Governo, o projecto do TGV será travado, embora o memorando de entendimento com a "troika" internacional não o imponha.
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Este foi um dos exemplos de medidas propostas pelo partido que excedem o quadro previsto no plano de ajuda externa, apresentado este domingo por Pedro Passos Coelho, na intervenção de abertura do Conselho Nacional, em Lisboa.
O líder social-democrata assegurou que o programa eleitoral - sendo compatível com o memorando, na medida em que o "respeita integralmente" - vai mais longe. Assume escolhas políticas diferentes, "reserva" que a "troika" aceitou. É o caso do comboio de alta velocidade, mas também do programa de privatizações, que é mais alargado, envolvendo o sector público de comunicação social. O programa prevê, com efeito, a alienação de um dos canais comerciais, não especificando se se trata da RTP 1 ou da RTP N.
O PSD defende, ainda, a participação de privados no capital da RTP/Internacional e da RTP/África, bem como a privatização integral da Agência Lusa, "em momento oportuno".
Entre as medidas propostas está também a redução dos assessores nos Ministérios em 50%, mudança de alguns produtos para taxa de IVA de 23% e agravar o IMI de fogos devolutos. É ainda invocado o princípio da liberdade de escolha das famílias em relação à oferta de escola.
O Conselho Nacional do PSD aprovou, por unanimidade e aclamação, o programa eleitoral do partido.