Líder da distrital de Lisboa do PSD, Carlos Carreiras, acusou a direcção de ter cometido um "erro político grave" ao incluir nas listas António Preto e Helena Lopes da Costa, a quem acusa de "más práticas" na capital.
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"É um erro político grave que vai ter consequências para o PSD. Os valores que foram sempre defendidos não foram aqueles que foram praticados", afirmou Carlos Carreiras no final do Conselho Nacional, considerando que a comissão política nacional prestou "um mau serviço" ao partido e ao país.
O líder da distrital de Lisboa considerou que "as marcas que caracterizam a liderança" de Ferreira Leite saem "muito afectadas".
"Falhou o rigor, o premiar o mérito que sempre tem sido apregoado", precisou.
Carlos Carreiras considerou contraditório que a líder se tenha comprometido com legislação que impeça a candidatura de autarcas arguidos para a próxima legislatura mas não aplique estes pressupostos, já que tanto António Preto como Helena Lopes da Costa são arguidos em processos judiciais.
"Refiro-me àqueles que foram dirigentes da distrital de Lisboa, António Preto e Helena Lopes da Costa, que não fizeram um bom serviço ao partido e que eu, enquanto presidente da distrital, ando a corrigir as tais más práticas", concretizou.
Quanto à inclusão da ex-militante do CDS-PP Maria José Nogueira Pinto nas listas de Lisboa, Carlos Carreiras classificou-a como "uma incoerência".
"É um erro táctico, o partido tinha de crescer à esquerda e não crescer à direita, não se pode apresentar uma candidata que apoia o partido nas legislativas e nas autárquicas está contra", disse.
Carreiras reafirmou que se manterá à frente da distrital de Lisboa. "Tenho eleições em Novembro, não entregarei a distrital àqueles a quem combato por más práticas no passado", garantiu.