O ex-líder do CDS-PP e deputado Ribeiro e Castro qualificou, esta quarta-feira, de "movimento de mestre" do ministro das Finanças a extensão dos prazos de empréstimos e o regresso aos mercados, fruto do "muito esforço, perseverança e rigor".
Corpo do artigo
"Aquilo a que assistimos foi a um movimento de mestre por parte do Governo português e, em particular, do ministro das Finanças, Vítor Gaspar", afirmou Ribeiro e Castro à Lusa, referindo-se "quer ao pedido de extensão dos prazos de empréstimo, que recebeu prontamente respostas positivas das instituições europeias, quer à confirmação do regresso aos mercados da dívida de longo prazo, aproveitando as condições favoráveis geradas".
Para o antigo líder democrata-cristão, "há coisas que só resultam na altura certa" e "foi o caso".
"Esta era a altura certa, mais cedo até do que poderíamos esperar. E esta altura certa só pôde acontecer porque foi devidamente preparada com muito esforço, perseverança e rigor pelo Governo e pelas Finanças", afirmou.
Segundo o deputado democrata-cristão, "é provável que o êxito de ambos estes movimentos do Governo, em particular, o sucesso da colocação de dívida em níveis superiores ao previsto, resulte ainda num reforço adicional do prestígio financeiro do país, a nível externo e junto dos agentes económicos mais relevantes".
"A reação pública do PS foi sonora e atabalhoada, confirmando, afinal, por isso mesmo, o acerto do Governo e do ministro das Finanças. É uma reação que, por um lado, confirma como eram completamente disparatadas as apreciações e recomendações que os socialistas foram fazendo ao longo dos últimos meses neste domínio", defendeu.
Ribeiro e Castro considerou, que, por outro lado, a reação dos socialistas, "esconde um aplauso implícito ao Governo e ao seu sucesso nestas duas frentes".
"Compreende-se que, por 'partidarite', os socialistas não possam e não queiram verbalizar esse aplauso, mas objetivamente não podem deixar de reconhecer o êxito evidente do Governo e do primeiro-ministro", afirmou.
Na segunda-feira, o ministro das Finanças português disse, em Bruxelas, que pediu aos ministros das Finanças da zona euro (Eurogrupo) a extensão dos prazos de maturidade dos empréstimos a Portugal, de modo a facilitar o regresso aos mercados, afirmando ter a "expectativa fundada" do apoio dos seus parceiros do euro.