O líder do PS acusou, este domingo, o governo de estar a fazer "mais uma encenação política" com promessas de redução do preço do gás natural, em vésperas de eleições europeias, com propostas que correspondem a iniciativas do PS.
Corpo do artigo
"Algumas destas iniciativas são do PS. Recordo que em setembro do ano passado eu próprio propus que houvesse uma diminuição do preço da botija de gás, que apresentámos na discussão do Orçamento de Estado para 2014. Infelizmente ainda não está em execução e, mais do que anúncios em vésperas de eleições, é necessário que se executem as propostas do PS", disse.
Falando aos jornalistas à margem do "Fórum Europa" da JS na Curia, António José Seguro comentou a medida anunciada pelo governo de introduzir o preço de referência na comercialização do gás de garrafa, cuja "paternidade" reclamou, lembrando outras propostas socialistas que estão à espera de concretização.
"O PS há muito tempo que tem vindo a defender a necessidade de uma rede nacional de combustíveis 'low cost', para que os portugueses possam abastecer os seus automóveis de forma mais barata e não percebo porque é que o governo ainda não concretizou essa proposta", disse.
O líder socialista, no que definiu como a sua posição sobre "mais esta encenação política que o governo está a fazer em vésperas de eleições", questionou o porquê do governo fazer anúncios agora, "em vez de concretizar e aliviar os sacrifícios das pessoas".
António José Seguro disse que "seria também interessante que o governo concretizasse a proposta do PS" para o gás natural: "o gás natural quando vem de Espanha paga uma taxa à saída e outra à entrada e o que é razoável é haver apenas uma taxa, o que significava diminuir o custo do gás natural para os portugueses".
Já quanto ao alargamento da tarifa social na eletricidade a maior número de consumidores, estranhou a demora da medida. "Estava previsto que fosse alargado a mais famílias e não percebo porque é que o governo não o fez há mais tempo porque há muito que as famílias têm vindo a sofrer com os cortes que o governo está aplicar".