O secretário-geral do PS disse ter encarado o convite do primeiro-ministro para se reunir consigo, esta quarta-feira, como uma iniciativa pontual e afirmou que Passos Coelho chama o PS para falar quando tem uma dificuldade pela frente.
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António José Seguro assumiu estas posições em conferência de imprensa, depois de ter estado reunido com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e com a 'troika' (Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia).
Na conferência de imprensa, António José Seguro referiu que não estão agendadas ou previstas mais reuniões com o primeiro-ministro e que o convite de Pedro Passos Coelho para o encontro desta manhã não apenas surpreendeu o PS, mas também "todo o país".
"Essa surpresa significa apenas que da parte do Governo houve uma mudança de atitude. O PS reafirmou todas as suas posições, que já eram do conhecimento do primeiro-ministro e em relação às quais fechou todas as portas", disse.
Sobre a atitude de Pedro Passos Coelho o ter convidado para uma reunião, o secretário-geral do PS disse encará-la "como uma iniciativa pontual, como já aconteceu em novembro, quando tinha uma dificuldade e precisava de fazer um corte de quatro mil milhões de euros".
"Hoje, o primeiro-ministro voltou a ter uma dificuldade e, quando há uma dificuldade, o primeiro-ministro chama o PS. Lamento muito que o primeiro-ministro não tenha sido sensível às propostas apresentadas pelo PS em fevereiro e março na Assembleia da República. Pelo contrário, o primeiro-ministro fechou todas as portas que estavam abertas", apontou o líder dos socialistas.