O secretário-geral do PS declarou que nas reuniões desta quarta-feira com o primeiro-ministro e a troika não houve no essencial nada de novo e que reafirmou as suas divergências face ao Governo no processo de ajustamento nacional.
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António José Seguro falava em conferência de imprensa, após ter estado reunido com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, em São Bento, e com representantes da 'troika' (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional) na sede nacional do PS.
"O PS reafirmou todas as suas posições. O PS reafirma que respeitará os compromissos internacionais de Portugal, mas que diverge do Governo no caminho para honrar esses compromissos", declarou António José Seguro.
"Com total rigor, no essencial não houve nada de novo, quer na reunião com o Governo, quer na reunião com a 'troika', porque o essencial é o caminho para sairmos desta crise. Tanto o Governo como a 'troika' continuam a insistir na via da austeridade, quando essa via não atinge nenhum dos objetivos e provoca mais desemprego e uma espiral recessiva" considerou o secretário-geral do PS.
Na sua declaração inicial, o líder socialista frisou que manteve as suas divergências face à política de austeridade face ao Governo e à 'troika'.
"O PS não apoiará medidas que visem desmantelar o Estado social, defende a renegociação das nossas condições de ajustamento com o objetivo de o país dotar-se de um programa realista e credível, tendo em conta as consequências sociais (o desemprego) e económicas. Reafirmo a necessidade de o nosso país se dotar de uma agendas para o crescimento e emprego", frisou o secretário-geral do PS, sustentando que Portugal tem de estabilizar a sua economia "investindo, garantindo financiamento a taxas a juros adequados para as nossas empresas e políticas de fomento da procura interna", disse.
Neste contexto, António José Seguro disse ter reafirmado "o objetivo nacional de Portugal de regressar aos mercados".
"Tudo faremos para que tal aconteça, tal como tudo fizemos para que o país beneficiasse de mais tempo para o pagamento de parte da ajuda externa", acrescentou.