O secretário-geral do PS, António José Seguro, afirmou, esta sexta-feira, no Parlamento, que está a assistir com "muita preocupação" ao desenrolar das negociações da Cimeira Europeia sobre o orçamento comunitário.
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"É uma Europa que tem sido incapaz de liderar a crise, que corre atrás dos prejuízos, que num momento em que é necessário investir e criar condições para animar a economia, está com dificuldades em aprovar um orçamento e vai fazer cortes", argumentou.
António José Seguro frisou que o orçamento da União representa menos de 1% da riqueza total da UE, criticando "a ausência de solidariedade, a miopia na resolução dos problemas, impreparação para lidar com uma crise sistémica, o que, a seu ver, mostra que "os líderes europeus, na sua maioria, não estão à altura da responsabilidade de enfrentar a grave crise que assola vários países, incluindo Portugal".
Por outro lado, sustentou que, mais importante do que o volume das verbas que virão para Portugal, é perceber como é que os recursos colocados à disposição do país vão ser aplicados. E neste capítulo, voltou a defender a criação de um banco do fomento, aproveitando parte das verbas comunitárias, para financiar a economia.
"O nosso principal problema no país é o fraco crescimento económico. Nós precisamos de uma economia com financiamento. E se esses recursos estiverem à disposição das nossas pequenas e médias empresas, isso quer dizer que esses recursos irão contribuir para o crescimento económico e para a criação de emprego", afirmou.