O líder do PS, António José Seguro, reconhece a necessidade de um segundo resgate a Portugal, mas defende que o atual Governo não tem condições nem legitimidade para negociar com os parceiros europeus esse novo programa de ajuda a Portugal.
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"Só um novo Governo resultante de eleições estará em condições de negociar com a troika", acentuou Seguro, à saída do Palácio de Belém, onde foi recebido, esta terça-feira, pelo presidente da República.
O líder do PS voltou a defender eleições antecipadas, porque "não basta uma maioria parlamentar para garantir a estabilidade."
"É preciso um Governo coeso, competente e gere confiança nos portugueses, com um mandato claro dos portugueses e isso só pode ser garantido com eleições antecipadas", afirmou o líder dos socialista, no final de uma audiência que durou cerca de 40 minutos.
O secretário-geral do PS, que estava acompanhado por Maria de Belém, Francisco Assis, Alberto Martins e Carlos Zorrinho, não revelou se o presidente pediu ao PS algum compromisso para garantir a estabilidade governativa, mas insistiu que o seu partido só irá para o Governo na sequência de eleições.
Depois de ter recebido o PS, Cavaco está agora reunido com uma delegação do PSD composta pelo primeiro vice-presidente do partido, Jorge Moreira da Silva, e por Pedro Pinto, Teresa Leal Coelho, Nilza Sena, Luís Montenegro e José Matos Rosa.