O ex-director do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa, Jorge Silva Carvalho, afirma que "nunca violou o segredo de Estado" e diz-se vítima de uma "devassa" da sua correspondência e da intercepção das comunicações de um computador pessoal.
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A posição consta de um comunicado pessoal de Silva Carvalho, distribuído aos jornalistas no final da sua audição na Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, que decorreu à porta fechada e demorou mais de três horas.
Ao longo da reunião, deputados de várias bancadas questionaram o antigo director da 'secreta' externa sobre notícias que indiciam o seu envolvimento em passagem de informação secreta para empresas e acesso a indevido a registos telefónicos.
Silva Carvalho recusou-se a falar aos jornalistas, mas, em comunicado distribuídos por elementos da sua empresa, a Ongoing, refere: "Afirmei e volto a afirmar que nunca violei o segredo de Estado, nunca violei o dever de sigilo".
Pelo contrário, Silva Carvalho afirma-se vítima de "notícias que só vieram a público em resultado de uma devassa da correspondência e intercepção das comunicações do computador pessoal do director" do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED).
"Com base nisso, um jornal publicou uma série de dados obtidos por via ilícita. Dados que não podem ser contraditados publicamente", aponta, numa alusão a notícias publicadas pelo semanário "Expresso".