A audição do ex-director do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa, Jorge Silva Carvalho, na Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, começou às 11.05 horas, tendo este solicitado que esta se realize à porta fechada.
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Jorge Silva Carvalho pediu que a sua audiência com os deputados da primeira comissão fosse à porta fechada, depois de ter sido questionado pelo presidente da mesma, o social-democrata Fernando Negrão, que considerou que a audição tem um âmbito "de grande delicadeza" e que "exige algum recato".
O ex-director do SIED argumentou depois que "para a reunião produzir os efeitos pretendidos" deveria decorrer sem a presença dos jornalistas.
O antigo director da 'secreta' externa e actual quadro da Ongoing chegou ao Parlamento por volta das 11.00 horas, acompanhado pelos seus dois advogados e pelo responsável pela comunicação da Ongoing.
A audição de Jorge Silva Carvalho acontece depois de, no último mês e meio, terem sido divulgadas notícias pelo semanário "Expresso" que dão conta do alegado fornecimento de informações de Silva Carvalho à Ongoing, empresa que mais tarde o contratou, e de alegados actos de "espionagem" ao ex-jornalista do "Público" e actual director de informação adjunto da agência Lusa, Nuno Simas, e ao empresário madeirense Humberto Jardim.
Na única audição feita até agora sobre estes casos, que teve lugar no início de Agosto e foi à porta fechada, o presidente do Conselho de Fiscalização do Serviço de Informações da República (CFSIRP), Marques Júnior, disse ter concluído que houve "utilização indevida de meios afectos ao SIED" e "o envio indevido de informação".