<p>O primeiro-ministro manifestou-se hoje, quarta-feira, de acordo com o Presidente da República e disse que ninguém mais do que ele próprio lamentou a agressividade do primeiro dia do debate do Orçamento, cuja responsabilidade atribuiu ao PSD.</p>
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José Sócrates falava aos jornalistas no final do período da manhã do segundo dia de debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2011.
Numa mensagem colocada terça-feira à noite no Facebook, Cavaco Silva escreveu que a actuação do Presidente da República "não pode contribuir para o espectáculo público de cinismo ou de agressividade".
"Vejo com muita apreensão o desprestígio da classe política e a impaciência com que os cidadãos assistem a alguns debates", acrescenta ainda Cavaco Silva, que se recandidata a Belém nas eleições presidenciais de 23 de Janeiro.
Esta mensagem de Cavaco Silva surgiu algumas horas depois da conclusão do primeiro dia do debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2011, que decorre até hoje na Assembleia da República.
"Ninguém mais do que eu lamenta o tom agressivo usado terça-feira. Um tom agressivo que começou no discurso do PSD [do líder parlamentar, Miguel Macedo] sem a mínima razão de ser", considerou o primeiro-ministro, após ter sido confrontado com a posição do Presidente da República.
Segundo José Sócrates, depois de o PSD ter feito um acordo com Governo para viabilizar o Orçamento do Estado para 2011, "fez um discurso de ameaça de instabilidade política".
"Ora isso é o pior que pode acontecer para a imagem internacional de Portugal - e penso que o país dispensa isso".