<p>O primeiro-ministro José Sócrates disse hoje, sexta-feira, em Bruxelas que "persistem tentativas negociais" com o PSD com vista a um acordo que permita a viabilização do Orçamento do Estado para 2011, no qual acredita que "houve boa vontade".</p>
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Falando no final de uma cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Europeia, Sócrates escusou-se a pronunciar-se sobre as negociações, para não as "prejudicar", mas reafirmou que "o Governo fez um último esforço" que permita um acordo considerado vital para o país, sem precisar de que esforço se trata.
Confrontado com as declarações de hoje do líder do PSD, Pedro Passos Coelho, que indicou não ter sido ainda contactado pelo governo desde a ruptura das negociações na quarta feira, Sócrates disse não comentar "matérias de método, que não têm interesse nem relevância", mas indicou que o passo para a reaproximação já foi dado.
"Eu disse que o Governo ia fazer um último esforço para chegar a um entendimento, e o governo fê-lo", disse.
O primeiro-ministro sublinhou repetidamente a importância de um acordo e de um orçamento, "num momento em que Portugal não pode falhar".
"O Governo não deixará de fazer tudo o que estiver ao seu alcance. A única limitação que tem (nas negociações) é não comprometer a credibilidade do orçamento, um orçamento que mostre que Portugal é capaz de resolver os seus problemas, porque eu não aceito que ninguém os venha resolver por nós", declarou.