O secretário-geral socialista, José Sócrates, propôs este sábado um pacto para a internacionalização das pequenas e médias empresas, e defendeu que cabe ao Estado o papel de direcção nesse objectivo.
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Intervindo no encerramento do fórum socialista Novas Oportunidades, que decorreu em Lisboa, José Sócrates apresentou as prioridades do programa económico que apresentará às próximas legislativas.
Partindo da necessidade de dar resposta à crise e de "modernizar o país", com um programa assente "nos valores da esquerda democrática e do centro esquerda", o primeiro-ministro defendeu que Portugal precisa de partidos que "não tenham medo nem preconceito relativamente à iniciativa do Estado".
"O Estado tem um papel inestimável no sentido de promover a internacionalização das indústrias e empresas, em particular das pequenas e médias, já que as grandes não precisam muito do Estado para isso", afirmou, acrescentando que a identificação de novos mercados é uma das tarefas em que o Estado pode ajudar.
O "pacto para a internacionalização" que propôs implica "uma concertação estratégica entre o Estado e o sector privado", em particular nos sectores onde Portugal "é mais competitivo" como "turismo e madeiras" e também nos sectores tradicionais como os têxteis e o calçado.
Sócrates defendeu que é preciso "juntar as empresas para lhes dar dimensão e escala" e "fazer programas para que o Estado as possa apoiar na tarefa de internacionalização".
"É com esse tecido de pequenas e médias empresas e com os empresários que gostam de correr riscos, é com esses que devemos fazer uma aliança e um pacto para a internacionalização da economia e para o aumento das nossas exportações", disse.