<p>A versão final do texto do anteprojecto de revisão constitucional, levado para aprovação ao Conselho Nacional, não foi votado pelos membros do grupo de trabalho que elaboraram o documento. </p>
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"Este método não é usual. Tudo foi discutido mas não tivemos oportunidade de fizer ‘concordo ou discordo’ em relação ao texto final". A afirmação é de Guilherme Silva, o deputado madeirense, que integrou o grupo de trabalho de quinze elementos, presidido por PauloTeixeira Pinto.
Na opinião do parlamentar, esta foi uma opção da direcção do partido “de reserva política em relação ao documento final, entre Teixeira Pinto e Passos Coelho”.
Essa opção, como sublinhou Guilherme Silva “é legítima mas pouco usual e o certo é que o texto levado ao Conselho Nacional acabou por não ser o que foi aprovado”.
Quanto ao ‘timing’ do processo, o deputado, também vice-presidente da Assembleia da República, disse ao JN compreender que o PSD queira liderar “como sempre o fez” a revisão constitucional, mas admite que “talvez fosse desnecessário ter aberto esta frente de contestação, que pode causar prejuízos nas presidenciais”.