A UGT decidiu, esta terça-feira, que vai recusar qualquer acordo em sede de concertação social que envolva matérias relacionadas com as medidas de austeridade recentemente anunciadas, pedindo também audiências ao primeiro-ministro e presidente da República.
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No final da reunião desta terça-feira, os sindicalistas decidiram que não irão participar em qualquer acordo de concertação social, deixando assim claro que o Executivo não terá o apoio dos trabalhadores na aplicação das medidas de austeridade anunciadas esta terça-feira e na sexta-feira passada, ao contrário do que sucedeu quando a UGT apoiou a revisão da legislação laboral.
Na reunião, resolveram acordaram pedir reuniões urgentes ao primeiro-ministro e ao presidente da República para lhes transmitir o seu repúdio pelas novas medidas de austeridade, que pretende ainda manifestar através de "ações de protesto e greve".
A decisão integra uma resolução aprovada por unanimidade pelo Secretariado Nacional da UGT, em que as medidas de austeridade anunciadas sexta-feira pelo primeiro-ministro são consideradas como "uma brutal diminuição dos salários e das pensões em 2013".
A central sindical decidiu "manifestar a sua oposição a estas medidas através de ações de protesto e greve da UGT e dos seus sindicatos, que tenham em conta o calendário de aprovação do Orçamento do Estado para 2013".
Na resolução a UGT considerou que as novas medidas de austeridade são inconstitucionais "por violarem os princípios da igualdade e da proporcionalidade" e apelou ao Presidente da República para que tome posição sobre a matéria e peça a fiscalização preventiva da constitucionalidade das medidas, caso sejam aprovadas pela Assembleia da República.