O ministro do Trabalho acusou hoje, domingo, o líder do Bloco de Esquerda de estar a "mentir grosseiramente" sobre o alegado convite a Joana Amaral Dias para integrar as listas do PS nas próximas eleições legislativas.
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O coordenador do Bloco de Esquerda, Francisco Louça, acusou recentemente o Partido Socialista (PS) de tráfico de influências ao procurar integrar Joana Amaral Dias com uma proposta de um lugar de Estado na área da Saúde.
À margem da inauguração do Centro de Educação, Formação e Integração Profissional do Algarve (CEFIPA), em Loulé, Algarve, o ministro Vieira da Silva desmentiu qualquer convite a Joana Amaral Dias e acusa o líder do BE de estar a mentir e de estar a fazer "insinuações caluniosas" sobre o PS.
"Essa afirmação não é mais do que uma grosseira mentira que se destina provavelmente a desviar as atenções das dificuldades que o BE terá com a lista do PS. Mas esse é um problema do BE que não habilita Francisco Louçã, nem lhe permite, a utilização de insinuações caluniosas quando elas não correspondem minimamente à verdade", declarou o ministro do Trabalho e da Solidariedade Social.
Vieira da Silva abriu uma "excepção" de falar aos jornalistas sobre o alegado convite a Joana Amaral Dias, por também ser da sua "responsabilidade a elaboração das listas dos deputados do PS ao Parlamento às eleições legislativas".
"A capacidade e o poder de convidar alguém para participar nas listas do PS resume-se, neste processo, a três tipos de pessoas, ao Secretário-Geral, a mim próprio [Vieira da Silva] e aos presidentes das distritais do PS", explicou Vieira da Silva, frisando que tem a "garantia de todos e a certeza que nenhum convite foi feito à doutora Joana Amaral Dias, pessoas aliás, por quem tenho o maior respeito e consideração, para integrar as listas do PS".
Segundo o ministro Vieira da Silva, o último contacto que teve com Joana Amaral Dias - ex-deputada ao Parlamento pelo Bloco de Esquerda - foi nos tempos em que participou na campanha presidencial.
"É uma atitude profundamente lamentável a do doutor Francisco Louça. É um comportamento que só pode contribuir para degradar a vida política", acrescentou.
Vieira da Silva considerou que, para um partido que se assume como "campeão de ideias", "estar a utilizar este tipo de expedientes de maneira nenhuma pode significar uma credibilização dessa actuação".