Bejense ferrenho, pela sua dureza em campo, o ex-árbitro de futebol ganhou o epiteto de "Kadafi". Trabalhou em pneus, teve uma loja de desporto e foi fiel de armazém da Delta Cafés. Está no desemprego à espera da reforma.
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Neste ano, tem dinheiro para férias?
Não. Com a saída da Delta, perdi algumas verbas que auferia e que eram substanciais para uns dias fora da cidade. Como digo, a brincar: subo à Torre de Menagem do Castelo e "espreito" as praias do Alentejo e Algarve.
O que não vai deixar de fazer?
Fazer a reportagem da Volta a Portugal em Bicicleta para a Rádio Horizonte Algarve (Tavira). Já o faço há anos, pela grande paixão que tenho pelo ciclismo.
Convença-me a passar férias em Beja.
Quem gosta de ar puro, sol, qualidade de vida e património cultural e religioso tem em Beja o local certo. A gastronomia? Tenho uma visão pouco abonatória, porque aos domingos é o "cabo dos trabalhos" para arranjar um restaurante aberto.
Qual é o segredo mais bem guardado da cidade?
Mais do que as cartas de Soro Mariana, existe Gonçalo Mendes da Maia, "O lidador". Muita gente desconhece que é uma das maiores figuras, ou a maior, da história de Beja. Tem uma estátua e um magnífico mural no Jardim Público da cidade.
Conseguiu deixar o apito de lado?
Há muito tempo. Algumas pessoas só são amigas quando estamos no topo; depois, esquecem-nos. Os atuais árbitros que abram os olhos para as "falinhas mansas".
Acredita no atual presidente dos árbitros?
De maneira nenhuma. Há muito que digo quem é Vitor Pereira, mas, finalmente, caiu--lhe a máscara. Serviu-se. Serve--se e não serve a instituição arbitragem. O profissionalismo é "um filme" em que ele é o único ator.