"Não é preciso estudar muito, basta a concentração nas aulas e rever a matéria em casa. Se se estiver com atenção, não é difícil ser--se bom aluno". A afirmação pertence a Maria Ribeiro, 12 anos, do Porto, e premiada da iniciativa Regresso às Aulas com um vale de compras de 500 euros da Staples. E a pauta imaculada que teve no final do terceiro período do 6.º ano não a desmente.
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Amin Chaar/ Global Imagens
Maria Ribeiro, com a mãe, Ana Cristina Ferreira, e as irmãs, Sofia e Rita, tirou 5 a todas as disciplinas no final do 6.º ano
"Não sou aquela aluna que gosta muito de estudar. Mas, quando é preciso, estudo", diz a jovem, que ainda não sabe bem o que vai ser em adulta. "Gosto de tudo o que tenha a ver com criminologia, mas uma profissão ao certo, ainda não pensei", diz a fã da série CSI, cujo maior sonho é visitar as cidades de Paris e Londres e os Estados Unidos da América.Enquanto o desejo não se realiza, Maria vai ocupando os tempos livres com a catequese, o escutismo e o desporto escolar. "No ano passado, fiz patinagem, este ano inscrevi-me no badminton", refere a premiada. Estas atividades não podem é interferir no desempenho escolar de Maria e das irmãs, Sofia, 16 anos, e Rita, de 7.
"É importante terem objetivos, os tempos ocupados e estarem inseridas em bons grupos. Podem fazer tudo, desde que seja possível, mas os estudos estão em primeiro lugar", vinca a mãe, Ana Cristina Ferreira, de 47 anos, formadora e agente "Bimby".
E a encarregada de educação reconhece que Maria dá bem conta do recado. "Das três, é a que precisa menos de estudar, pelo menos para já. Não lhe exige grande esforço", anota Ana Cristina, sem, no entanto, deixar de ressalvar: "No 7.º ano, vai ser diferente, vai mudar para a escola Garcia da Orta, onde a fasquia é um bocadinho mais alta. Não pode dormir à sombra da bananeira e terá de se aplicar um bocadinho mais".
Sobre a iniciativa, esta mãe tece elogios e não só pela ajuda financeira. "Acho que é excelente para incentivar os estudos e promover os casos de sucesso. E para mostrar que, no meio de coisas menos boas, há alunos que se destacam", finaliza Ana Cristina.