O homem suspeito de ter assassinado a mulher, a filha e a neta em Beja, como uma catana, disse às autoridades que tinha problemas financeiros e dívidas à banca.
Corpo do artigo
De acordo com a fonte policial, o alegado homicida, de 59 anos, referiu que o banco lhe terá transmitido que iria colocar em hasta pública os seus bens.
Embora tenha confirmado que a neta do suspeito, de quatro anos, era filha de pai incógnito, a fonte desvalorizou essa situação na resolução do processo.
A mesma fonte confirmou à Lusa que as vítimas foram degoladas com "golpes profundos" na zona do pescoço, efectuados com uma catana, mas a cabeça não ficou separada do restante corpo.
Fonte do Instituto Nacional de Medicina Legal (INML) disse hoje à Lusa que, segundo o resultado das autópsias, realizadas na terça-feira, as três vítimas foram mortas "há vários dias, no máximo há uma semana", apresentando "múltiplos golpes" no pescoço e "noutras partes do corpo".
O homem é indiciado de três crimes de homicídio qualificado, tendo o Tribunal de Beja decretado, esta quarta-feira à tarde, a sua prisão preventiva, avançou à Lusa a fonte policial.
Após ser presente ao juiz de instrução criminal, que determinou a medida de coação mais gravosa, o homem foi transportado para o Estabelecimento Prisional de Beja, onde vai aguardar julgamento.
O suspeito incorre numa pena entre 12 e 25 anos de prisão por cada um dos três homicídios, mas em cúmulo jurídico só pode ser condenado a uma pena única até 25 anos de prisão.
O alegado homicida foi detido na segunda-feira à noite na sua casa, em Beja, onde foram encontrados os cadáveres das vítimas. O homem entregou-se por volta das 19.40 horas à PSP, sem oferecer qualquer resistência.
Os elementos policiais, após a detenção, entraram na casa, na Rua de Moçambique, onde encontraram os cadáveres da mulher, de 53 anos, da filha, de 28, e da neta, de quatro.
O cadáver da mulher foi encontrado no quarto do casal tapado com um lençol, enquanto os da filha e da neta estavam noutro, indicaram à Lusa fontes policiais.
As mesmas fontes avançaram que os crimes terão sido cometidos há cerca de uma semana e que o alegado autor do triplo homicídio também "matou todos os animais" domésticos que tinha em casa, entre os quais um cão e um gato.
Segundo as fontes, após ter cometido os crimes, o homem terá feito aparentemente "uma vida normal", uma vez que foi visto várias vezes nas ruas da cidade.
O alegado homicida é um antigo bancário, que já tinha cumprido pena de prisão por um desfalque no banco onde trabalhava.