Suspeito de triplo homicídio vigiado na cadeia para evitar "acto tresloucado"
O homem suspeito de ter matado a mulher, a filha e a neta em Beja, com uma catana, chegou hoje ao tribunal da cidade cerca das 13.50 horas para ser interrogado por um juiz de instrução criminal.
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O homem foi transportado dos calabouços da PSP numa carrinha policial para o edifício do tribunal, onde deu entrada por uma porta das traseiras.
À chegada ao tribunal, o comandante da PSP de Beja, o superintendente Viola da Silva, disse que o homem esteve sempre vigiado nos calabouços da polícia para evitar que cometesse "um ato tresloucado", alegando que se trata de "um crime bárbaro".
O alegado homicida vai ser interrogado por um magistrado do Ministério Público e por um juiz de instrução criminal, que irá definir os crimes por que estará indiciado e decretar as medidas de coação.
À chegada ao Tribunal de Beja, dezenas de cidadãos que se concentraram no local gritaram "assassino", "monstro", "palhaço" e frases como "estás enterrando a família, bandido".
O homem, de 59 anos, suspeito de ter matado a mulher, a filha e a neta, foi detido na segunda-feira à noite na sua casa, em Beja, onde foram encontrados os cadáveres das vítimas. O suspeito do triplo homicídio entregou-se por volta das 19.40 à PSP, sem oferecer qualquer resistência.
Os elementos policiais, após a detenção, entraram na casa, na Rua de Moçambique, onde encontraram os cadáveres da mulher, de 53 anos, da filha, de 28, e da neta, de quatro.
Segundo o resultado das autópsias, realizadas na terça-feira, as três vítimas do alegado homicida foram mortas "há vários dias, no máximo há uma semana", apresentando "múltiplos golpes" no pescoço e "noutras partes do corpo".
Fonte policial já tinha relatado à Lusa que as vítimas foram degoladas, há cerca de uma semana, com golpes no pescoço efectuados com uma catana.
O alegado homicida é um antigo bancário, que já tinha cumprido pena de prisão por um desfalque no banco onde trabalhava.