Câmara de Lisboa vai fazer auditoria interna aos contratos celebrados com empresa de Manuel Godinho
A Câmara Municipal de Lisboa anunciou hoje que vai fazer uma auditoria interna aos contratos que terá celebrado com a empresa de Manuel Godinho, um dos arguidos do processo de crime económico Face Oculta.
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Num comunicado emitido ao fim da tarde, o gabinete de comunicação da autarquia afirma que o presidente da Câmara, António Costa, ordenou ao Departamento de Auditoria Interna para que "proceda a uma auditoria aos processos de contratação de modo a apurar eventuais indícios de qualquer prática ilícita".
A autarquia refere que adjudicou à empresa de Manuel Godinho - a O2 Tratamento e Limpezas Ambientais, Lda. - o "escoamento dos veículos em fim de vida recolhidos nas ruas da cidade de Lisboa".
A Polícia Judiciária (PJ) desencadeou no dia 28 de Outubro a operação "Face Oculta" em vários pontos do país, no âmbito de uma investigação relacionada com alegados crimes económicos de um grupo empresarial de Ovar que integra a O2-Tratamento e Limpezas Ambientais, a que está ligado o empresário Manuel José Godinho, que está em prisão preventiva, no quadro deste processo.
No decurso da operação foram efectuadas cerca de 30 buscas, domiciliárias e a postos de trabalho, e 15 pessoas foram constituídas arguidas, incluindo Armando Vara, vice-presidente do Millennium BCP, José Penedos, presidente das Redes Eléctricas Nacionais (REN), e o seu filho Paulo Penedos, advogado da empresa SCI-Sociedade Comercial e Industrial de Metalomecânica SA, de Manuel José Godinho.
Um administrador da Indústria de Desmilitarização da Defesa (IDD) também foi constituído arguido no processo "Face Oculta", segundo o presidente da EMPORDEF, a holding das indústrias de defesa portuguesas.