<p>O YouTube é a maior plataforma de alojamento e partilha de vídeos do mundo virtual, acolhendo quase metade dos vídeos que circulam na internet. Ali encontra-se de tudo, a maioria produções domésticas dos usuários. E aqui radica o seu atractivo: o consumidor é também produtor e difusor. </p>
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Para publicar um vídeo no YouTube, só é necessário o registo no site, processo rápido e simples, bastando clicar em "sign up" e escrever o nome - que pode ser fictício - e o endereço de e-mail. Mas tais facilidades comportam grandes problemas, porque os vídeos não são objecto de censura prévia. Seria, aliás, impossível. Por razões de quantidade e qualidade.
No primeiro caso, dado o volume massivo de injecção de material: o YouTube recebe 15 horas de vídeo a cada minuto, tráfego que cresceu 400% com os telemóveis de última geração. No segundo caso, porque o conteúdo considerado lesivo, e sancionado legalmente, em determinado país, poderá não sê-lo noutro. A título de exemplo, refira-se que já tem sido banido em países como o Irão, o Paquistão, a Síria, o Sudão, a Tunísia, a Turquia e a China.
Mas essa é uma censura sempre a posteriori, quando o dano já foi feito. Porque o YouTube é um espaço de liberdade que confia na auto-regulação. Assim, quem se sentir lesado, deverá clicar na "flag" (ver imagem), e indicar a razão de queixa - violência, sexo, direitos de autor e direito à imagem e à privacidade - para exigir a retirada do vídeo. O YouTube compromete-se a verificar o conteúdo dele e, se concluir que o queixoso tem razão, o vídeo prevaricador é banido. Mas não a plataforma, e quase nunca o seu autor, dado o anonimato que, tendencialmente, o protege.