Só a certidão com conversas telefónicas do primeiro-ministro foi arquivada.
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No final do seu comunicado de ontem, sábado, o Procurador-Geral da República esclareceu que quatro das cinco certidões analisadas foram remetidas para investigação. E uma delas seguiu para o Ministério Público junto do Supremo Tribunal de Justiça, por, "alegadamente, conter elementos imputáveis a magistrados judiciais de um Tribunal da Relação".
Tudo indica estar em causa um processo contra vários magistrados da Relação do Porto, por terem sido escutadas conversas, entre arguidos do Face Oculta, que indicavam que o sucateiro Manuel Godinho teve conhecimento de um acórdão do tribunal antes de ele ser proferido. O acórdão absolvia uma empresa de Godinho, o principal arguido do Face Oculta, do crime de furto de carris e outro material da Linha do Tua.
Quanto às três restantes certidões referidas no final do comunicado, Pinto Monteiro disse que duas foram enviadas para o Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa, "por conterem elementos relacionados com factos que já estavam a ser investigados"; e um outra foi remetida para o Departamento Central de Investigação e Acção Penal, "por conter elementos sobre factos já participados".