A 01 de Janeiro de 2010, havia 8863 exames pendentes no Laboratório de Polícia Científica da PJ. O número médio de perícias realizadas anualmente, desde o ano 2000, ultrapassa as 20 mil.
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O Laboratório de Polícia Científica (LPC) foi criado em 1957, mas só realizou o primeiro exame pericial em 1960. Os dados enviados à Agência Lusa por este laboratório da Polícia Judiciária (PJ) indicam a realização de 351 exames em 1970, número que quase multiplicou por dez em 1980 (3402). Dez anos depois, duplicou (6694) e a partir de 2000 ficou sempre acima dos 20 mil.
Dos exames realizados em 2009, 22 por cento disseram respeito à biotoxicologia, 38 por cento à criminalística e 40 por cento à físico-documental. O LPC tem 217 funcionários, espalhados por sede, directorias e departamentos de investigação criminal.
O laboratório inicia amanhã, quinta-feira, uma série de iniciativas para comemorar 50 anos de existência, com uma sessão evocativa na Escola Secundária de Camões, em Lisboa, que contará com a presença do director do LPC, Carlos Farinha, e do director nacional da PJ, Almeida Rodrigues.
Haverá intervenções de José Manuel Anes, diretor do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT) e do médico Alexandre Quintanilha.
Os funcionários no activo com mais de 25 anos de serviço serão homenageados. Fátima Barbosa, chefe da físico-documental, estará entre eles e traçou à Agência Lusa os objectivos para o futuro. "Um laboratório chega muito bem", mas o aumento da criminalidade, hoje "mais sofisticada e complexa", exige uma maior capacidade de resposta técnica e científica.
Deve haver uma "triagem de casos à entrada" para evitar "pedidos redundantes". E dá um exemplo: para quê fazer um exame de marcas de canhão de fechadura arrombada quando o investigador sabe ver se foi arrombada? "Quem paga este laboratório somos todos nós. Temos de aprender a racionalizar os meios".