A Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais escusou-se a comentar a detenção esta terça-feira, em Chaves, de um guarda prisional suspeito de tráfico de droga, alegando tratar-se de um processo em curso e se encontra em segredo de justiça.
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O elemento do corpo da guarda prisional foi detido esta terça-feira de manhã, pela Polícia Judiciária (PJ), no âmbito de uma operação que elevou à detenção de mais três suspeito do crime de tráfico e de introdução de produto estupefaciente no Estabelecimento Prisional de Chaves.
Contactada pela agência Lusa, a Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais confirmou a detenção do guarda prisional, no entanto, salientou que "não comenta processos que estão a decorrer e se encontram em segredo de justiça".
Em comunicado, a Unidade Local de Investigação Criminal da PJ de Vila Real referiu que os detidos, três homens e uma mulher, terão procedido, "de forma organizada e reiterada, à introdução e transação de estupefacientes num estabelecimento prisional".
A PJ explicou que foi desencadeada uma operação policial que culminou com a realização de várias buscas domiciliárias e não domiciliárias e a apreensão de produto estupefaciente, bem como de outros objetos e documentos com presumível relevância probatória.
A investigação teve a colaboração da Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais e da Direção do Estabelecimento Prisional onde o guarda desempenhava funções.
Os detidos, com idades compreendidas entre os 36 e os 42 anos, três sem ocupação laboral e um guarda prisional, vão ser presentes na quarta-feira ao Tribunal de Chaves para aplicação de eventuais medidas de coação.
O presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, Jorge Alves, disse à agência Lusa estar "chocado e desiludido" com a detenção do colega, guarda prisional há 20 anos.
O detido, de 42 anos, foi recentemente nomeado delegado sindical da cadeia de Chaves e terá sido intercetado pela PJ na portaria na posse de droga e na altura em que estaria a entrar ao serviço.
Jorge Alves garantiu que esta detenção não "mancha o nome, nem o trabalho" do corpo da guarda prisional e considerou que, "felizmente, são casos isolados".
Em janeiro do ano passado, um guarda prisional da cadeia de Custoias foi detido com cerca de um quilo de haxixe durante uma operação da PJ do Porto realizada dentro do estabelecimento prisional, estando detido na cadeia de Évora.