Suspeito de matar presidente da Junta de Segura e marido ouvido quinta-feira em tribunal
O empreiteiro suspeito de na terça-feira ter assassinado a presidente da Junta de Freguesia de Segura e o marido vai ser ouvido em primeiro interrogatório judicial na quinta-feira, informou, esta quarta-feira, fonte do Tribunal de Idanha-a-Nova.
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O suspeito, José Torres, foi levado na terça-feira pela Polícia Judiciária para Coimbra, onde ainda continua à guarda daquela força policial, que admitia que a audição em tribunal pudesse ocorrer esta quarta-feira.
Segundo fonte do Tribunal de Idanha-a-Nova, o detido é aguardado para interrogatório apenas na manhã de quinta-feira, dois dias depois do homicídio.
A mesma informação foi confirmada à agência Lusa por fonte do destacamento da GNR de Idanha-a-Nova.
O empreiteiro de 62 anos entregou-se com uma caçadeira na manhã de terça-feira no posto da GNR da Zebreira, depois de alegadamente ter disparado sobre Lurdes Sobreiro, de 55 anos, e o marido José Sobreiro, de 59, no edifício da Junta de Freguesia, cerca das 10.30 horas.
Depois de um dia de sobressalto, "a noite em Segura foi tranquila, sem qualquer ocorrência, nem diligências relacionadas com o crime", acrescentou hoje fonte da GNR de Idanha-a-Nova.
O crime terá sido motivado por desavenças entre José Torres e a autarca, nomeadamente em relação à deposição de entulho de obras em locais indevidos, disse à agência Lusa José Lopes, presidente da Assembleia de Freguesia de Segura e cunhado das vítimas.
No entanto, não seria este o único motivo de divergências, pois já em setembro de 2011 o homicida teria agredido a autarca devido a desentendimentos relacionados com uma festa local, acrescentou José Lopes.
Fonte ligada ao processo disse à agência Lusa que os conflitos entre as duas partes se estendiam a questões relacionadas "com a liberdade de circulação nalguns terrenos da freguesia" e "às atividades de uma associação local" da qual José Torres faz parte.