A China congratulou-se hoje, domingo, com os resultados da conferência de Copenhaga sobre Alterações Climáticas, afirmando que a reunião produziu "frutos significativos e positivos".
Corpo do artigo
A conferência "defendeu firmemente o princípio de responsabilidades comuns, mas diferenciadas" e "deu um sólido passo em frente na promoção de cortes de emissões vinculativos dos países desenvolvidos e de acções voluntárias dos países em vias de desenvolvimento para mitigar (o aumento das emissões)", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Yang Jiechi.
Numa entrevista difundida hoje, domingo, pela agência noticiosa oficial chinesa, Yang Jiechi realçou que a conferência de Copenhaga foi "um importante oportunidade para impulsionar a cooperação internacional no combate às alterações climáticas", mas não se refere explicitamente ao acordo divulgado no sábado à tarde (hora local).
O objectivo traçado pelo acordo é limitar o aquecimento planetário a dois graus em relação aos níveis pré-industriais.
Patrocinado pelos Estados Unidos, China, Brasil, Índia e África do Sul, o acordo prevê também um montante de 30 mil milhões de dólares a curto prazo (para 2010, 2011 e 2012), depois um aumento até 100 mil milhões de dólares até 2020, destinado aos países mais vulneráveis para os ajudar a adaptar-se aos impactos das alterações climáticas.
Yang Jiechi acompanhou o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, à conferência de Copenhaga.
Na referida entrevista, o MNE chinês insistiu que os países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento têm "responsabilidades diferentes" no nível actual das emissões de dióxido de carbono e "por isso, devem ter também responsabilidades diferentes no combate às alterações climáticas".
Em Copenhaga, o primeiro-ministro chinês afirmou que, independentemente dos resultados da conferência, a China cumprirá as metas de redução de emissões de dióxido de carbono que anunciou há cerca de três semanas.
A China - o país mais poluidor do mundo, já à frente dos Estados Unidos - propõe-se, até 2020, reduzir a intensidade das emissões de dióxido de carbono por unidade do PIB (Produto Interno Bruto) em 40 a 45 por cento relativamente aos níveis de 2005.
Até 2020, a China compromete-se também elevar de nove para 15 por cento a percentagem das energias renováveis e do nuclear no consumo energético nacional e acrescentar 40 milhões de hectares à área florestal do país.