O Ministério da Defesa anunciou esta sexta-feira que o problema dos atrasos nos pagamentos dos complementos de pensão a militares reformados foi resolvido e os valores começarão a ser pagos no início da próxima semana.
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"A situação, como é sabida, é razoavelmente complicada. O que tentámos desde sempre foi resolver esta pendência que existia relativamente ao mês passado e assegurar o imediato pagamento dos complementos a tempo e horas para este mês", disse o secretário de Estado da Defesa, Paulo Braga Lino, em declarações à Lusa.
"A situação ficou já devidamente resolvida e no início da próxima semana serão iniciados os pagamentos relativos aos complementos de pensão", acrescentou.
Paulo Braga Lino explicou que "será assegurado o pagamento de todos os valores que estavam ainda pendentes relativos ao mês de maio e iniciado nos 'timings' habituais o pagamento relativo aos complementos deste mês de junho".
A falta de financiamento do fundo de pensões dos militares, que representa encargos de 32 milhões de euros anuais para contributos de 2 milhões de euros, é "um problema que tem muitos anos", afirmou o secretário de Estado, garantindo o "muito empenho" do Ministério da Defesa Nacional "na busca de uma solução definitiva para esta questão".
Paula Braga Lino lembrou que "está em curso um trabalho, que deverá estar concluído num prazo razoavelmente curto", que visa encontrar "uma solução estrutural e definitiva" para o problema do financiamento do fundo de pensões dos militares.
O secretário de Estado acrescentou que o Governo espera "rapidamente" poder "tomar posição de qual o caminho a seguir".
De acordo com a Associação Nacional de Sargentos, ficou por pagar em maio o complemento de pensão de reforma de milhares de reformados e viúvas.
No início da semana, o deputado do PS Marcos Perestrello requereu explicações ao Ministério da Defesa sobre os atrasos nos pagamentos destes complementos.