"Foi giro porque foi um dia diferente. Até gostei de andar no carro dos bombeiros com a minha irmã", disse a pequena Elisabete, residente no recôndito lugar de Luílhas, Fafe, quando saía do carro todo-o-terreno que a transportou da escola.
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Assim sucedeu em muitas localidades serranas. "Para as crianças, isto até foi uma festa porque fartaram-se de brincar na escola o dia todo. O pior foi levá--las a casa por estes caminhos gelados e cheios de neve", contou uma das funcionárias da Escola Padre Joaquim Flores, em Fafe, que acompanhou os bombeiros.
No distrito de Braga, praticamente todos os concelhos do interior viram as escolas encerradas durante a manhã, devido ao forte nevão que caiu a partir das 11 horas. Celorico de Basto, Cabeceiras de Basto, Fafe, Terras de Bouro, Póvoa de Lanhoso e Vieira do Minho foram os concelhos que implementaram um serviço alternativo de transportes escolares.
Muitas escolas e jardins-de-infância nem sequer chegaram a abrir e outros interromperam a actividade escolar à hora do almoço. A Protecção Civil disponibilizou viaturas todo-o-terreno para o transporte escolar. Em Vieira do Minho, a operação decorreu "sem problemas", apesar de algumas estradas estarem interditas ao trânsito. O mesmo aconteceu nos concelhos de Cabeceiras e Celorico de Basto, onde os meios de Protecção Civil mobilizaram todo o seu parque de viaturas no apoio ao transporte escolar. Em Terras de Bouro, todas as escolas foram encerradas pelo início da manhã.
Em Montalegre, mal acabaram de chegar, os alunos foram transportados para casa. Em Chaves, "os meninos das aldeias foram mandados embora. Os da cidade continuaram a ter aulas". Encerradas foram também as escolas de Vila Pouca de Aguiar e de Boticas, Bragança, Vinhais, Miranda do Douro e Mogadouro. Na Guarda, as escolas terminaram as actividades lectivas mais cedo e em Baião cem crianças foram resgatadas.